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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Por Que Pilhas e Baterias Não Devem ser Jogadas no Lixo Comum?




As pilhas e as baterias são uma mini-usina portátil, que transformam energia química em energia elétrica. 
Elas possuem determinadas substâncias químicas que, quando reagem entre si, produzem energia elétrica, ou seja, fazem funcionar o relógio, o celular, o brinquedo, etc.
O problema é que essas substâncias químicas presentes nas pilhas e baterias são altamente tóxicas, e podem fazer mal aos seres humanos e animais. 
Uma pilha comum contém pelo menos três metais pesados: zinco, chumbo e manganês. A pilha alcalina contém ainda o mercúrio. Além dos metais pesados, as pilhas e baterias possuem ainda elementos químicos perigosos, como o cádmio, cloreto de amônia e negro de acetileno.
As pilhas são classificadas de acordo com seus sistemas químicos, podendo haver em cada um deles mais de uma categoria. As categorias são representadas por letras, que normalmente vêm impressas nas pilhas. Além disso, as pilhas podem ser recarregáveis ou não.
O perigo ocorre quando se joga uma pilha ou bateria no lixo comum, pois há o risco desses elementos químicos perigosos entrarem na cadeia alimentar, causando sérios danos à saúde. As duas formas mais comuns de destinação final do lixo são aterro sanitário e usina de compostagem.
A pilha, quando descartada no lixo comum, vai para o aterro sanitário, que fica à céu aberto. Uma vez exposta ao sol, vento, chuva e umidade, as pilhas e baterias se oxidam e rompem o invólucro de proteção. Os metais pesados e elementos químicos perigosos saem misturados a um líquido que acaba contaminando todo o lixo ao redor, podendo atingir o lençol freático local.
Além disso, muitos aterros sanitários ficam próximos de rios e córregos, que também acabam sendo contaminados por essas substâncias químicas tóxicas. Portanto, essas substâncias químicas tóxicas chegam à cadeia alimentar  via irrigação da agricultura ou pela ingestão da água ou alimento contaminado.
Na usina de compostagem, as pilhas são misturadas no composto orgânico que está sendo formado, girando no biodigestor por 48 horas. Algumas são amassadas e moídas, e se rompem, despejando os metais pesados por todo o composto. Na saída do tubo giratório do biodigestor há uma rede que impede a passagem das pilhas. O lixo moído é disposto em montes a céu aberto, sendo remexido semanalmente, por três meses. Neste período, ocorrem novos vazamentos e os metais pesados e outras substâncias químicas tóxicas se misturam ao composto, que será usado como adubo depois.
Existem usinas de compostagem em algumas cidades do interior de São Paulo que utilizam trituradores, aumentando substancialmente as chances de contaminação, pois todo o conteúdo da pilha mistura-se ao composto orgânico.
Portanto, não descarte suas pilhas e baterias usadas no lixo comum. Leve-as a um posto de coleta de resíduos tecnológicos.



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História das pilhas


A história das pilhas começou em uma situação acidental, envolvendo Luigi Galvani, porém quem explicou corretamente a origem do fato foi o físico Alessandro Volta.

Alessandro Volta e sua primeira pilha, denominada pilha Galvânica ou pilha Voltaica
Alessandro Volta e sua primeira pilha, denominada pilha Galvânica ou pilha Voltaica
Em 1786, o anatomista italiano Luigi Galvani (1737-1798) dissecou uma rã sobre sua mesa, na qual se encontrava uma máquina eletrostática. Galvani observou contrações nos músculos do animal no momento em que seu assistente por acaso tocou com a ponta de seu bisturi no nervo interno da coxa da rã. Ou seja, isso acontecia no momento em que os tecidos da rã eram tocados por dois metais diferentes.
Galvani passou a defender, a partir de tal momento, uma teoria que tentava explicar esse fato: a teoria da “eletricidade animal”. Segundo Galvani, os metais eram apenas condutores da eletricidade, que na realidade estaria contida nos músculos da rã.
Entretanto, sua teoria estava errada e isso foi visto pelo físico italiano Alessandro Volta (1745-1827), que realizou vários experimentos e notou que quando a placa e o fio eram constituídos do mesmo metal, as convulsões não apareciam, mostrando que não havia fluxo de eletricidade. Assim, ele passou a defender o conceito (correto) de que a eletricidade não se originava dos músculos da rã, mas sim dos metais e que os tecidos do animal é que conduziam essa eletricidade.
Para provar que estava correto, Volta fez um circuito formado por uma solução eletrolítica, ou seja, uma solução com íons dissolvidos, que ele chamava de condutor úmido ou condutor de segunda classe, colocados em contato com dois eletrodos metálicos. Esses últimos, Alessandro Volta designava de condutores secos ou condutores de primeira classe.
Ele fez isso por colocar um condutor úmido (que era uma solução aquosa salina) entre dois condutores secos (que eram metais ligados por um fio condutor). Nesse momento ele observou que se despertava o fluxo elétrico. Ele passou a entender também que dependendo dos metais que ele utilizava, o fluxo da corrente poderia ser maior ou menor. Desse modo, podemos admitir que a ideia do que é uma pilha já estava sendo entendida e explicada por Volta.
Em 1800, Volta criou a primeira pilha elétrica que passou a ser chamada de pilha de Voltapilha Galvânica ou pilha voltaica e, ainda, “rosário”. Um esquema dessa pilha é mostrado abaixo: ele colocou um disco de cobre por cima de um disco de feltro embebido em uma solução de ácido sulfúrico e, por último, um disco de zinco; e assim sucessivamente, empilhando essas séries até formar uma grande coluna. O cobre, o feltro e o zinco tinham um furo no meio e eram enfiados numa haste horizontal, sendo assim conectados por um fio condutor.
Esquema da pilha Galvânica
Esse experimento causou reviravoltas no mundo científico e a partir daí todos os aparelhos que produziam eletricidade a partir de processos químicos (ou seja, que produziam energia química em energia elétrica) passaram a ser chamados de celas voltaicas, pilhas galvânicas ou, simplesmente, pilhas.
Volta fez esse mesmo experimento com metais e soluções eletrolíticas diferentes, como discos de prata e zinco separados por discos de flanela embebidos em salmoura. Ele até mesmo realizou uma demonstração dessa descoberta para Napoleão Bonaparte, como pode ser visto na figura abaixo, na Academia de Ciências de Paris.
Alessandro Volta demostra sua descoberta a Napoleão
Alessandro Volta demostra sua descoberta a Napoleão
Outro experimento de Volta em relação às pilhas foi a coroa de copos, em que ele colocava duas placas de metais diferentes interligadas por um fio condutor, mas separadas por soluções eletrolíticas.
Atualmente sabemos que o que ocorre em uma pilha, como essas criadas por Volta, é que a eletricidade tem seu fluxo do polo negativo, denominado ânodo, que se oxida, perdendo elétrons para o polo positivo, chamado de cátodo, que se reduz, ganhando elétrons.
Essas pilhas feitas em solução aquosa não são muito usadas hoje em dia; apenas em termos de pesquisa, mas elas foram o princípio que desenvolveu as modernas pilhas que conhecemos hoje como pilhas secas e que são bem mais práticas para usar e transportar, além de fornecer uma corrente elétrica satisfatória por muito mais tempo.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Uma pilha pode contaminar o solo por cerca de 50 anos


Você sabia ?


Alguns objetos muito comuns no dia-a-dia doméstico têm, em sua composição, elementos químicos considerados perigosos, como mercúrio, cádmio, níquel, zinco, manganês e chumbo. Esses materiais estão nas lâmpadas fluorescentes, pilhas, tintas, restos de produtos de limpeza, embalagens de aerossóis – coisas sem as quais não conseguimos viver – e podem causar grandes estragos no meio ambiente e na saúde humana, caso não sejam descartados apropriadamente.
No Brasil, são produzidas aproximadamente 800 milhões de pilhas comuns por ano. Cada uma tem o poder de contaminar o solo por cerca de 50 anos. Nem todos os tipos de pilhas e baterias apresentam o mesmo risco ambiental, mas lançá-las ao lixo comum é um erro recorrente. E grave.
As pilhas e baterias em maior número no mercado são as não-recarregáveis de zinco-carbono, com baixos teores de mercúrio. São aquelas pequenas, que você usa no controle remoto ou no relógio de parede. As recarregáveis do tipo níquel-cádmio, assim como as baterias de carros, são de alto risco ambiental.
mercúrio é considerado o elemento mais tóxico para o homem e grandes animais, podendo causar, dentre outras coisas, perda de memória, alterações de metabolismo, irritações a pele e danos ao sistema respiratório. O chumbo, também encontrado em tintas (como essas usadas em sinalização de trânsito), inseticidas e vidros, também causa perda de memória, dores de cabeça, distúrbios digestivos e tremores musculares. Os dois componentes também são usados na fabricação das lâmpadas fluorescentes. Por isso, é importante não descartá-las no lixo comum.
Os componentes tóxicos que contaminam o solo e a água chegam a animais e vegetais de regiões próximas e, pela cadeia alimentar, atingem a nós, seres humanos. Muitos resíduos contaminam por meio de inalação e pela pele, além de serem “cumulativos”, ou seja, continuam no organismo mesmo depois de anos.
O que fazer?
O importante é buscar o descarte correto para esses materiais em postos especiais de coleta em supermercados, estabelecimentos comerciais e redes de assistência técnica. Sites como o do CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem) e o Ecycle listam alguns locais que recebem esse tipo de descarte. Agora, é com você!
Para saber mais:

domingo, 12 de maio de 2013

Nosso objetivo...

  • OBJETIVO

Conscientizar as pessoas de que jogar pilhas, baterias, etc, em lugares inadequados podem trazer sérios riscos, como a poluição do meio ambiente, algumas doenças como o câncer, entre outros diversos fatores.
Conheça BioConexão Senai, trazendo a segurança para o mundo e para vocês!
Juntos, podemos mais !!


sábado, 11 de maio de 2013

Pilhas, baterias e meio ambiente.



Embalagens de pilhas devem conter informações referentes ao descarte destas.
A contaminação do solo e lençóis freáticos são algumas consequências do descarte incorreto de pilhas e baterias usadas. Algumas dessas, compostas de metais pesados, como o chumbo, mercúrio, níquel e cádmio; são capazes de causar doenças renais, cânceres e problemas relacionados no sistema nervoso central.

Como ambientes domésticos costumam ter uma quantidade considerável desse tipo de material, é interessante desenvolver tal temática em sala de aula, a fim de estimular seus alunos e família a tomarem cuidados específicos em relação ao descarte destes.

Esta atividade pode ser iniciada perguntando aos alunos o destino que dão às pilhas e baterias usadas e o que pensam a respeito disso. Após essas discussões, deve ser proposto que busquem em livros, enciclopédias, sites e legislações, previamente selecionados, informações sobre esse conteúdo. Em grupo, devem analisar o material e confeccionar cartazes sobre o tema. Esta etapa permitirá que adquiram conceitos ao mesmo tempo em que exercitam a leitura, a interpretação de texto e o trabalho em equipe.

Caso consiga, será interessante disponibilizar embalagens de pilhas, a fim de que analisem a composição e as orientações que o fabricante dá em relação ao seu uso e descarte - lembrando que existem muitos tipos deste material que estão de acordo com a resolução nº 257, do CONANA.

Para o estudo não assumir um caráter muito abstrato, pode ser interessante a análise da região interna das pilhas e baterias, com auxílio do professor de Química, que poderá frisar aspectos relativos à sua área, enriquecendo o conteúdo.